7 de maio de 2007

Remédio excepcional: quem pode pagar, entra na Justiça e leva de graça

A Secretaria da Saúde informa que no ano passado foram gastos R$ 120 milhões em medicamentos excepcionais. O Estado paga 40% desta conta. O resto é dinheiro federal. Deste total, segundo a informação oficial, 6% os pacientes conseguiram a medicação através de ordens judiciais, o que dá R$ 7,2 milhões. No Palácio Iguaçu os números revelados são outros - e maiores. É nesta parte do angu que tem caroço - e não é culpa do Governo. Quem lida diretamente com o caso informa que há sinais claros do crescimento de uma verdadeira indústria de liberação de medicamentos para quem tem condições de pagar por eles. A evidência número um e lógica é a de que o pobre que de fato precisa de medicamento nem sabe direito o que é advogado para pedir na Justiça o que lhe é de direito. Recentemente foi flagrado o caso de um ricaço fazendeiro que conseguiu com ordem judicial seu medicamento de R$ 1 mil o frasco. Há outros casos, como o de uma família onde quatro integrantes têm doença raríssima e sem cura que consome R$ 1 milhão por ano. Caso para ser analisado e investigado.

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